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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

A madrugada - W.B. Yeats

Quem me dera ser ignorante como a madrugada

Poisando o olhar sobre

Aquela velha rainha ao medir uma cidade

Com um alfinete de broche,

Ou sobre os homens mirrados que viram

Das suas pedantes Babilónias

Os descuidados planetas no seu curso,

A morte das estrelas onde nasce a lua,

E pegando nas tábuas fizeram somas;

Quem me dera ser ignorante como a madrugada

Que ali ficou, apenas, a balouçar a resplendente carruagem

Acima das espáduas sombrias dos cavalos;

Quem me dera ser - pois nenhum conhecimento vale uma palha-

Infantil e ignorante como a madrugada.

Créditos - W.B.Yeats - Os pássaros brancos e outros poemas