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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Um tecto onde não há noite

Dancei na noite com os uivos dos clarões

Deixei-os caminhar pelas páginas em branco

Ficou um rasto de cansaço

Uma parede onde gravaram uma obsessão

Grafitti melancólico da realidade.

 

Vomito todas as mensagens

Sobre as pedras habitadas por fantasmas

Anuncio infurtúnios... e momentos felizes

Restos de vida...visões

Bebo tinta...narro factos...sacudo as almas

Sou uma espécie de tédio embriagado

Mergulho nas águas como uma parede frágil

Encho as frestas com mensagens cifradas

Deixo a descoberto todos os grãos..todos os vómitos

Desprezo todas as sentenças

Sou a semente imaculada

Que vive à janela dos sentenciados

Como um tecto manchado por uma noite empolgante

Ou como um tecto onde não há noite!