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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Constelações

Respiram-se mares etéreos

Segrada-se em voz alta

As sombras cantam...e nós fomos

Fomos animais que irromperam das pedras

Animais talhados numa fogueira marítima

Principio e fim de todas as coisas

Segredos sibilantes... ecoantes...escuros

Adormecemos num círculo de subtis proporções

Vagos animais recordam-nos o sono

Comendo-nos as constelações..sibilando

Já pouco resta da nossa antiga magia

Abrimos as galáxias

descobrimos as aves que segredam às silhuetas

Somos essas silhuetas

Brilhamos sobre todas as pedras

Alimentamos a nossa fogueira com restos de manhãs

Um novo corpo nasce nas urzes inflamadas

E os dedos vestem-se de hálitos suculentos

Rostos mágicos geram-se nas maresias

Nada podemos dizer...extinguimo-nos

Erguendo o olhar

E adormecendo num nevoeiro em flor!