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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Cancioneiro Joco- Marcelino - Marcelo até Almeida

Nos próximos dias vou publicar uma série de poemas de Natália Correia, dedicados a Marcelo Rebelo de Sousa, aquando da sua candidatura à Câmara Municipal de Lisboa e que, no fundo, também é uma caricatura da sua actual Presidência da República:

Marcelo até Almeida

Da cartola ofícios piedosos

tira Marcelo que em humilde mística,

do papagaio os bicos dolorosos

para carregar o lixo, mortifica.

 

Vencendo o asco que ao menino bem

da vil lixeira o tremedal provoca,

vomita, mas a estrela de Belém

para à Câmara o guiar Marcelo invoca.

 

Chorando pérolas amrgas no chiqueiro

num andar aos papéis que não tem fim,

a Santo António de Lisboa milagreiro

Marcelo oferece o derreado rim.

 

E em purgante epopeia camarária

do martírio fazendo nova Eneida,

proclama em santidade proletária:

não me chamem Marcelo, eu sou Almeida.