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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Levanta-se a alma

Levanta-se a alma

Que pernoita num vento demorado

Animal selvagem numa folha deserta

Seiva que percorre todos os silêncios

Todas as ruas...todas as flores

Transparentes são os dias inúteis

Os dias que não chegam ao fim

O sal do coração

A claridade que ofusca.

 

Em redor de ti se sente

O sabor amargo do cansaço

Rubros sonhos te percorrem

Ventos sem rumo descansam na tua solidão

No teu ventre se acolhe a minha boca

Na luz crua se ensina a tecer o ouro

Ciência desconhecida

Coração lendário...sangue

Imagino que os lamentos ecoam nos teus passos

Que o mar é a tua solitária insónia

Que por ti passam todos os momentos

Todas as náuseas...todas as dores...

E todas as horas em que me lembro de ti.

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