Posso viver de silêncios
Posso viver de silêncios
E acender-me como uma espora de fogo
Quiasmo de vento...intriga de sombra...espasmo de sol
Daqui posso ver a borda da solidão
Descansar da insónia aguda
Gravar nos braços o naufrágio de cada hora
Daqui posso esperar
Até que o vento assassine a chama da vela
Que o cume do silêncio me atinja em cheio no peito
E que um travo de sol aqueça as veias das árvores