Abano os braços e ergo os ventos
Finjo ser um sonho ancorado na areia
Durmo sobre um abraço
Como uma águia líquida aberta ao espaço
Sonho com retratos de resplandecentes rios
Enquanto (...)
Abre-se a noite
Como um universo melancólico...
Luzes atravessam o ar
O chão é agora feito de água escura
Relâmpagos varrem as dunas
As rochas parecem fantasmas
E vejo-te deitada no (...)
Toco o teu fulgor
Retenho a tua mão
E na poeira das estrelas
Vejo-me.. ausente!
Queria ser um tempo real
Como se corresse em direcção
A uma oblíqua madrugada
Onde uma luz (...)
É tarde..o silêncio cresce
A boca devora a ignorância do vento
Hoje não quero ver o sol...
Hoje quero ser o sol
Lamento...
Mas não posso iluminar o abandono dos outros
Hoje apenas (...)
Monólogo perfeito
Sensação de vazio
A luz foge pelas janelas
Na parede o papel florido
É um jardins sem aves
Um enorme coração desponta no espelho
Vermelho e azul...iluminado
Na (...)
Dançamos sob salpicos de luzes
Que caem das árvores
Pingos de sangue derramado
Numa caleidoscopia nocturna
Enfeitam a tela negra da noite
Como pirilampos metálicos
Noite latejante (...)
Como num sonho
Carrego a memória de um pássaro
Que voa sobre o vazio
Das asas pendem pequenos cristais de sal
Lágrimas translúcidas...desvanecidas tardes
Sei que ninguém gosta da (...)
Como um beduíno sentado na noite
Passeio o olhar pelas estrelas
Brilhos atravessam a escuridão
Como missangas de luz palpitante
Embaraçando-se na memória
De mundos feitos às avessas
Ausência (...)