Nos próximos dias vou publicar uma série de poemas de Natália Correia, dedicados a Marcelo Rebelo de Sousa, aquando da sua candidatura à Câmara Municipal de Lisboa e que, no fundo, também (...)
Espero que as palavras capturem a luz
Plena e bela cinza de um tempo anterior
Extensão da cidade que resta no horizonte
Sangue de pestanas que os dedos alcançam
Cabide onde as aves (...)
Perfeita é a catástrofe que gera o mundo
Largos são os caminhos onde já passei
Os dias eram meus...
Mas deixei-os noutro lugar
Talvez se encontrem agora nas areias
Talvez sejam mitos (...)
Estratégicas veias tremem de frio
Assustam-se com as palavras...estão exaustas
Chego a casa e ouve-se uma música...cheia
Como uma espiral com arestas
Ou um papel dorido pelas palavras
E (...)
Lembro-me das portas ocultas
Do verniz abandonado sobre as unhas...de paisagens
Pequenas coisas que a minha memória persegue
Produzindo silvos agudos e estreitos
Lembro-me dos teus dedos (...)
Nada melhor que iniciar o ano de 2024 com a Ode à Paz de Natália Correia
Ode à Paz
Pela verdade, pelo riso, pela luz, pela beleza,
Pelas aves que voam no olhar de uma criança,
Pela (...)
Quem serás tu divinal criatura
Que chegas como uma ave prometida
Que caminhas por entre camas friorentas
Que convidas os odores do verão florido
Acompanha-te o rústico gelo de uma pedra
(...)
Enquanto espero pelo próximo espectáculo
Descubro vestígios de rostos extintos
Reparo nos estertores das galáxias
Vejo o abismo encantado das amendoeiras
Escorrego...escorrego pelo (...)
Corro à frente do tempo
Sou a foto ténue da infância
Uma casa que desliza rente ao meu reflexo
Como algo que nunca vejo
Ou um espectáculo a que nunca assisto
Acendo a luz e cresço
Atr (...)
Acumulam-se os tempos nos rostos dos oásis
Lambemos os corais incalcináveis
Somos a língua enfurecida
Minúsculo deserto inacessível
O sonho prolongado
Utilizamos chaves falsas...mortes (...)