A altura do meu sonho
Encostado a estes cedros meço o meu tamanho
Tenho a altíssima aura destes cedros que plantei
Cresci com eles...podeios
E quando a névoa desponta nos seus galhos
E o frio se desprende das manhãs
Eu vejo toda a altura do meu sonho...
Se eu consentisse eu saber quem fui no meu passado
Se eu quisesse saber que marés a minha vida vazou
Encontraria uma medida para mim
Saberia a que sítio regressar
Como uma criança a quem trocaram as voltas na noite
Mas acabou por encontrar a falésia branca de onde não caiu...
Na transparência de mim...seguro o queixo
Prego os olhos na face de alguém que passa
Não falo...esqueci a mornura das palavras
Volto sempre a este lugar...
Mais feito de respirações do que de gestos
Habito as amarras sólidas do poente...sozinho...