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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

A altura do meu sonho

Encostado a estes cedros meço o meu tamanho

Tenho a altíssima aura destes cedros que plantei

Cresci com eles...podeios

E quando a névoa desponta nos seus galhos

E o frio se desprende das manhãs

Eu vejo toda a altura do meu sonho...

 

Se eu consentisse eu saber quem fui no meu passado

Se eu quisesse saber que marés a minha vida vazou

Encontraria uma medida para mim

Saberia a que sítio regressar

Como uma criança a quem trocaram as voltas na noite

Mas acabou por encontrar a falésia branca de onde não caiu...

 

Na transparência de mim...seguro o queixo

Prego os olhos na face de alguém que passa

Não falo...esqueci a mornura das palavras

Volto sempre a este lugar...

Mais feito de respirações do que de gestos

Habito as amarras sólidas do poente...sozinho...