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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

A aparência serena do mar...

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Desce o futuro...esse café que bebo como uma coisa vazia

Esse coração que me toca na inexistência dos olhos

Esse ciúme agitado que mancha a poeira...

Que faz sombra à vermelhidão da face

Mas nós...sorriremos como vácuos caminhando pela solidão do ventre

Seremos espaço e terra desperdiçada em corpo e alma

Seremos qualquer coisa...rostos manchados pelo breve sorriso da aparência

Lívidos como o espaço onde voam corvos..filhos de todos os sentires

Sem pais nem olhos que nos vejam...

Apenas...corpos vivos..ruínas de crianças em total agitação

Barcos...onde nos sentimos como  reis ondulantes

Em breve perderemos a voluptuosidade dos dias

O cantar das aves...a voz das constelações

E apenas por instantes...por breves instantes...

Teremos a aparência serena do mar...