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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

A diferença entre os que são contra e os que são a favor da despenalização da eutanásia

A diferença entre os que apoiam e os que são contra a despenalização da eutanásia, reside nas seguintes diferenças; quem apoia é a favor da liberdade de escolha. Quem é contra, quer impôr a sua lógica, contra a vontade e a opinião de quem deseja ter uma morte digna.

 

É estranho e até oportunista, que sempre que há uma lei sobre a despenalização da eutanásia, venham logo os pretensos defensores da vida, dizer que o que é preciso é desenvolver os cuidados paliativos. Cuidados esses que caem logo no esquecimento assim que os projectos de lei são reprovados. É que depois de chumbados ninguém mais fala de cuidados paliativos, nem quer saber da agonia das pessoas que já não têm qualquer esperança de viver dignamente.

 

É tanta a falsidade e a demagogia dos que são contra, que como sabem que a despenalização da eutanásia pode ser aprovada, que agora até são a favor de um referendo. Referendo esse que não apoiavam quando sabiam que a maioria dos deputados seria contra a aprovação da lei.

 

Quem é contra acha-se dono da vida e da vontade dos outros. Acha que pode dizer o que pode ou não pode fazer cada um com a sua vida.

 

Outra mentira que normalmente dizem os que são contra, é que os que são a favor querem impôr a morte aos outros. Nada mais falacioso. Os que são a favor querem apenas e tão só, dar a oportunidade de decidir a sua vida(neste caso a sua morte) a quem está a sofrer, e nunca obrigar quem quer que seja a seguir o caminho da eutanásia. É apenas a liberdade individual e de consciência a funcionar.

 

Um médico que é contra disse na tv que em 42 anos de prática de medicina, nunca um doente lhe pediu a eutanásia. Pois é na palavra pediu que está o fundamental. Tem que ser pedida. Não fica ao livre arbítrio dos médicos. Por outro lado se nunca um doente lhe solicitou a eutanásia, fica um pouco difícil de compreender os seus receios. Segundo ele as pessoas não pedem, preferem sofrer.

 

É claro que eu não gostaria que me impusessem a morte, mas também não gostaria de não ter a oportunidade de a procurar, se fosse apenas isso que me libertasse do meu sofrimento.

 

Morte e vida são intrínsecas ao ser humano. Não pedimos para nascer, mas devemos ter a oportunidade de pedir para morrer, segundo aquilo que consideramos ser a nossa dignidade.

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