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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

A família do melro

Hoje vi um melro, negro, patas para cima e costas na terra, afinal era como um ser humano... o bico amarelo estava fechado, silencioso, o melro estava morto... vem-me a questão metafísica para onde voou a alma do melro? Os melros têm alma? Bem...inteligência têm, senão como é que saberiam o caminho para o ninho onde estão os melritos? E como é que saberiam que os têm que alimentar? Mas há outra questão...a questão familiar... terá deixado o melro descendência? Piarão lindas árias fúnebres de saudade os filhos, os sobrinhos os irmãos, se calhar até tinha enteados... a viúva até já estava vestida de luto desde a nascença... toda a família estava enlutada sim...os melros têm família... tal como alguns humanos.... mas...não é o nascimento de todos nós a antecâmara da morte? Porque seriam diferentes os melros?