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folhasdeluar

Poesia e outras palavras.

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Poesia e outras palavras.

A fissão nuclear

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(Imagem tirada da net)

A fissão do urânio representa uma metáfora dos problemas que a nossa sociedade atravessa – a da transformação social – basta que seja atingida uma massa crítica para que a fissão atómica se faça. O mesmo acontece na sociedade, esta só tem sentido na medida em que compreende um certo número de pessoas , animadas pela preocupação do bem comum e prontas a agir sem esperar disso um proveito pessoal. (a)

 

Quando existe uma massa crítica de cidadãos não somente capazes de acções altruístas mas também do exercício da razão crítica, a transformação social parece então possível. A razão crítica é a razão que permite tomar uma certa distanciação face aos códigos, às ideologias e aos estereótipos da sociedade e, eventualmente, voltar a pô-los em causa. O civismo pode levar a uma pressão social conformista ou até opressiva, a razão crítica é a distanciação necessária que pode levar à dissidência social. Essa dissidência exprime-se por meio de ideias e comportamentos dissonantes, portadores de mudança. A razão crítica é uma afirmação da liberdade e da responsabilidade, que tem o seu ponto de partida numa filosofia do não. Ela começa por uma verificação que os mais lúcidos podem fazer, seja qual for o seu grau de instrução, a sua idade ou o seu sexo: a vida tal como a vivemos já não é suportável e já não a queremos mais.” (a)

 

 

Com base nestes pressupostos e relativamente aos caos ecológico em que estamos a mergulhar, muito embora tenhamos muita razão crítica, é ainda maior a percentagem de pessoas que preferem o civismo ou o comodismo, que não nos permite agir no sentido de mudar o que sabemos não querer mais.

 

Tudo vem do Estado, tudo acontece em redor do estado.” Hegel diz que o Estado tem a sua raiz na contingência da sociedade civil . Invertendo a proposta de Hegel, se o Estado está doente é à sociedade civil que compete, não subverter o Estado, mas forçá-lo a desempenhar o seu papel de mudança social. O problema é saber como é que um Estado doente e uma sociedade conformista e/ou inconsciente se podem reestruturar mutuamente. “ (a)

 

a) baseado no livro – o Homem Mundial- de Phillipe Engelhard

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