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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

A guerra (dedicado ao povo exemplar da Ucrânia)

De repente algo cai do tempo

E uma guerra estala

De repente o sonho é o som da bala

O relógio pára e a alma perde-se

O tempo é uma agonia

E as aves calam-se

Os dias passam-se na margem da vida

Absurdos mísseis caem como insultos

Inocentes corpos espalham-se nos charcos

Sórdida loucura persegue os inocentes

O tempo é nenhum e a vida bóia

Numa clareira aberta por uma granada

As estátuas esquecem porque estão ali

Os homens ficam presos numa rede rubra

E as cores do dia nascem doutras cores

Já não são as mesmas do alvorecer

São agora túneis por onde passam drones

Lancinante asfixia de punhal na carne

Bordel de morte porta decapitada

Brutal ternura de quem está só

Inventando dias...inventando a vida

Acendendo esperança num olhar de fogo

Que a guerra é isto

É uma boca respirando sangue

E é uma viagem escrita em letra cansada.

 

Dedicado ao povo exemplar da Ucrânia

19/julho/2022

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