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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

A hora do acordar

Entremos neste paraíso barrado por intempéries

Entremos neste sulco que escorre do vórtice gelado das estrelas

Perdidos...como líquidos a escorrer para a profundidade do deserto

Encontrados...como leitos de rios subindo o riso desértico do espaço

Desfeitos...como raios de vida barrando a claridade da morte...

 

 

Saio para a madrugada como quem entra para o colo do destino

Os meus passos falam de segredos que não posso contar

Mas...procuro o ouvido...aquele onde descansa o som do mundo

Quem sabe se hoje as horas cairão mais suaves sobre o meu despertar.

 

Enquanto as folhas caem e o pó solidifica sobre os móveis

Escuto nas paredes o som de um sono sólido

Como se fosse a anestesia das horas.

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