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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

A minha verdade

Nunca de mim saí

Nunca me desenhei

Todas as minhas formas

São presságios de sombra e de lua

Todo o meu sentir

Não passa de um sinal inscrito no destino

Todas a minhas palavras

Pertencem à mitológica sombra das verdades

Mas eu não sou mais que uma onda

A aportar a uma praia deserta

Não sou mais que um penedo

A apontar para a descrença dos céus

O tempo não me reconhece

As manhãs são varandas de silêncio

O tempo é um labirinto onde me perco

E a sombra que projecto nas paredes

É a única verdade de mim.

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