A nossa fragilidade
Jack London, (claramente inspirado na Peste Negra que dizimou grande parte da população mundial em 1348), publicou a Peste Escarlate em 1912. Este livro de ficção fala de uma pandemia que irá assolar o mundo em 2013. Esta nova estirpe de um vírus desconhecido irá pôr em evidência as fragilidades da nossa vida no planeta.
Com a morte de quase toda a população mundial, os poucos sobreviventes regressam ao estado selvagem. Tudo o que consideramos básico, banal e garantido, deixa de existir. Deixamos de ter água nas torneiras, não há electricidade, comida, ( as pessoas têm que voltar a caçar e a pescar para se alimentarem), roupa, etc.
Este livro visionário,( um pouco à semelhança do Ensaio sobre a Cegueira de Saramago), por em evidência não só as nossas fragilidades, como também os nossos egoísmos. Perante algo maior que nós, ficamos a pensar na inutilidade das guerras e do dinheiro. A pandemia, é algo que nos mata mas que ao fazer-nos voltar aos tempos primitivos é algo que nos redime. É uma lição.
Podemos pensar que isto nunca acontecerá. Que estamos tão desenvolvidos que vamos conseguir superar todas as dificuldades. A verdade é que não sabemos. Lição dos tempos ou aviso de que temos que nos proteger?