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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

A nu

Às vezes despimo-nos das coisas...inventamos dias de sol...como cobardes e selvagens sombras

Às vezes despimo-nos das pessoas...inventamos guerras....como fantásticos assassinos do amor

Na impossibilidade de sermos o que não somos...inventamos pessoas...que possam viver em nós

Encostamos a nossa pele à aragem..beliscamos orgasmos extravagantes....fazemos promessas

Lentamente percebemos a nossa incapacidade de perceber a existência...então vomitamos sobre nós

Fazemos figas...somos medíocres como se nada nos tivesse acontecido...escondemo-nos porque não nos percebemos.

Esbarramos no mundo de Sarte...somos responsáveis por nós..somos seres habitando fábulas...somos a nossa fábula.

Impacientes...infelizes...felizes...toscos barrotes empilhados nas casas frias...somos a explicação do falhanço de Deus.

Mas nada nos explica...nem os filósofos gregos nem quaisquer outros...somos todos mudança...passagem....infinito...