A parede tinha pouca vida
A parede tinha pouca vida...nada estava preso a ela...
Nem quadros... nem fotos... nem personagens fingidas de pessoas sorridentes
A parede tinha desaparecido como um riso distante
Nada lhe fazia sombra...a luz reflectia inteira e prenhe o mundo
Essa parede que já tinha assistido a ternuras
Estava agora abandonada como um corpo adormecido
Até os móveis se distanciavam
A parede estava em ruínas...precisava de arranjar maneira de sair dali
Não queria mais o esquecimento...queria cor...beleza...
E um dia... obstinadamente...bateu com a porta!