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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

A penumbra da noite

Tu que gastas as subtilezas

Em palavras imprecisas

Tu que procuras descansar a alma

Que arde num ciúme negro

Abre o teu dia...

Deixa que as pedras falem

E as sombras se apaguem

Deixa que os sons translúcidos

Se diluam em cores alegres

O mundo existe...

As pequenas coisas também

Coisas que as palavras não descrevem...

 

Deixa que os aromas frescos

Que se soltam dos sentidos te apaziguem

O mundo existe....

As vozes também

Os sobressaltos são cinzentos

Mas tu...impreciso ser que acalenta desesperos

Prescinde desse fel

Que de ti escorre e queima a alma

Não há redomas nem grades

Que iluminem a frescura de um jardim em flor

Sim...deixa que a tua alma deite flores

Pelos olhos...por todos os poros

Torna-te uma flor

Deixa que a primavera expluda em ti

Dilui-te em amor...

Olha que o ciúme desce pelas veias

Queima...rebenta em terras secas

Seca-te...

E nunca conseguirás ser a acácia que na savana

Alimenta os seus espinhos com secura

E assim....gastarás os teus dias sem saber

Que o primeiro raio de luz

Que explodir na manhã

Te é dedicado

E que a penumbra da noite

É um esquecimento de ti...

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