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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

A primavera será para mim o exultar purificador

Se me abrirem o corpo...que encontrarão lá dentro?
Sentimentos a derramarem-se para fora?
Tristezas a escorrerem... sózinhas...abandonadas...
Deambulando pelo meu universo...como estrelas cadentes...
Ardentes...sonâmbulas...perdidas...
Perguntando-me para onde as quero seguir...
Preservadas numa ânfora... de sal seco de lágrimas...
E se eu gostar de provar esse sal?
E se eu quiser transformar a minha aflição
Numa felicidade despojada de alegria?
E se eu quiser cortar a dor...como quem rapa o cabelo...
Ou...como quem poda uma árvore...
Para depois rebentar em flores e frutos primaveris?
Mas depois...já não serei a mesma árvore amputada de sentimentos
A primavera será para mim o exultar purificador...revelador...
De uma outra dor...de um outro ser...
Que vive debaixo de mim...
E que docemente me cerra as pálpebras pela manhã...