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folhasdeluar

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A resplandecência do silêncio

Efémeros abraços resplandecem nas têmporas da primavera

Pródigos tempos nos chegam aos olhos

Intactos como poemas polidos pela terra.

 

Nestes dias o olhar queda-se petrificado

Pela resplandecência do silêncio

Não há limites para a verdura dos campos

Formas e cores adquirem a beleza das utopias

Estamos sós

O paraíso não tem motivos para duvidar da nossa essência

Somos distintos

Abraçamos as folhas dos instantes

Sabemos viver na efémeras flores dos jacintos

Podemos comer na mesa dos esquecidos

E murchar como plátanos subterrâneos.

 

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