A ternura é um coração...gravado na pedra onde te sentavas...
Vejo uma estrada..um passeio..um mar antigo
Ocorre-me que gostavas de ver a florescência das dálias
Crescemos como quem fica agarrado a si..sorrindo às luas e às águas turvas
E estava ali..tão perto o coração dos dias...invadindo o lamento do regresso a casa
Éramos apenas..um abraço..uma forma poética de dizer felicidade
Sem saber...deixei cair uma palavra..caiu e esvaziou o teu olhar
Passei a treinar a tua ausência...a olhar para trás..a sussurrar pensamentos
Evadi-me de mim...para não me partir todo por dentro
Talvez se te tivesse pedido para me dares a mão...
Talvez se percebesse que a vida é a repetição dos dias
E a ternura é um coração...gravado na pedra onde te sentavas...