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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

A tinta das palavras

Falo da impossibilidade de ser homem

E arma...e pétala

Falo da transformação das quilhas

E da cal que sustém os símbolos

Falo do iodo e da memória

Do remo transido de medo

Da mão feita de cravo e canela

Falo das tempestades e dos relâmpagos

Das queimaduras... e das guitarras

E se as palavras não chegarem

Se as areias se mancharem de corpos

É porque a terra é um astro agarrado a fios de sangue

Colado a sussurros de fotografias

A gavetas onde as lágrimas se escondem dos olhares

A tabernas onde vinho impregna os ares

O sílex marca o lugar onde mastigamos carvão e cinzas

Vestindo veludos ardentes

Nas cavernas nasce o anoitecer

A aspereza da rocha contém o nosso nome

É esse o nosso destino...comer carvão...beber cinza

E guardar dentro de nós o fogo que as nossas mãos constroem

Porque os vidros movem-se por dentro das primaveras

E a verdade dos rostos

É a flecha que emana da tinta das palavras..

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