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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

A vacuidade dos sonhos

Beija depressa o fundo do meu sonho

Afoga-te nessa acendalha de ternura

Porque só eu sei ouvir o lume que aquece os vidros do tempo

Só eu vejo os sonos blindados nas frontarias de cal

Onde as rajadas de vento cantam como rouxinóis.

E as mãos secam o tumulto das horas

De que serve perguntar pelas cortinas fechadas?

De que serve servir de mestre e espada?

Se o risco dos lábios se levanta

E as palavras que nunca se acomodam

São objectivas ...grandes angulares

Feitas de vida e vinho e ritmos frenéticos

Aí está a vacuidade dos sonhos

A despedidas dos dias

A vida feita lenha e água

Mas a chama...

A chama de abrir muros e ganhar batalhas

Nunca seca.

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