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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

A vida emurchesse-nos e torna-nos camelos corcundas

A vida emurchesse-nos e torna-nos camelos corcundas
Dobra-nos sob o peso da realidade mal digerida
As formas verbais estiolam com os anos...acham que não vale a pena..
Calam-se... entupidas pela merda propangandeada
Os horizontes grandiosos da juventude encolhem
E a visão da realidade desatina embaciada
Cantamos nostálgicos... músicas que mal recordamos
Manipuladas em solfejos obscurecidos pela inércia...
Acordar...dormir...eis a nossa directiva existêncial...
Às vezes lá tocamos as partes mais recônditas


para ver se ainda lá estão...se ainda não murcharam...


como flores que precisam de carícias para sobreviver...
Às vezes...lá conseguimos ser nós...raramente...
Às vezes...a nossa emissão de sentimentos rompe-nos o peito
Mas no curto espaço temporal de nascimento e decadência
A maior parte do tempo...seguimos curvados...
Como anjos prometidos ao fogo que cai em cascata
Caído em chuviscos de um céu puro e esquecido de nós.