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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Acenos da vida

Pequenos entalhes moldam a nossa vida. Risos escavados pelo canivete dos dias. Tatuagens. Desenhos retintos de vários matizes. Alegrias. Tristezas. Em cada homem uma paisagem. Um mistério. Uma árvore solitária num campo dourado pode fazer um poema. Um homem solitário num fim-de-tarde apologético pode ser um poema. Uma fé. Em cada homem um fundo negro. Baço. Em cada barco uma rede. Um arrasto de vida. Uma maré vazante. Um moinho de vento. Os olhos abrem-se. O mar é uma ideia. Para além do olhar...o nevoeiro. Um sino. Uma igreja. O acenar da eternidade. E longe...muito ao longe...a errática hora do consolo. A sistemática contemplação das saudades. As casas. A vida de cada um a esconder-se nas fachadas. O infinito rasto de uma sinfonia de amor. Os dias ganham nomes. As pessoas ganham dias. O vento arrasta os papéis. As areias tornam-se lilases. Os pincéis arrastam a mão do pintor. Tudo está perfeito. Tudo vive na imperfeição. Extasiada a alma...que observa todos estes fantásticos acenos da vida.

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