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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Adormecimento

Lá onde todas as almas clamam pela redenção

E onde todos os destinos

Querem atravessar o fantástico pórtico do infinito

Porque há liberdade no sangue das aves

E as calotes polares tremem de medo

Perante o aquecimento das sombras

Lá junto à hera que escuta

As nascentes que alimentam a sede do meio-dia

Há um longo momento em que as montanhas

Se parecem com seres alados

E até onde a vista alcança

Há prata e abismos sobrepostos à saudade

Porém..nas trevas do enigma há uma alma quente

Uma alma que conhece a sombra escarpada do Destino

Como um presságio...ou uma criança que não nasceu

E que espreita por entre o verde da folhagem

A hora celestial em que os homens adormecem.

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