Ágeis dias correm sob a nossa pele..
Ágeis dias correm sob a nossa pele...do olhar soltam-se espelhadas dunas
Os vestígios do nosso corpo dormem injectados na face da nostalgia
Nada nos prende aqui..nem o olhar...nem as mãos..
Nem as esquinas onde a vida caça seres abandonados
O teu corpo é um mar onde as vagas são vulneráveis tigres enjaulados
Ali... aniquilas a vontade de dividir os teus vestígios com a saudade
És um feroz deserto..um pequeno orvalho que coalha a alegria
Pergunto-me se a luz vagarosa ainda te prende ao meu destino
Ou se simplesmente desertaste para dentro de uma máscara veneziana
Olhando pasmada as esquinas do Grande Canal
Enquanto eu..me rendo ao temores do que não sei de ti...