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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Ainda não nasceste

Crescem as praias na boca dos barcos

Frágeis cristais desenham silêncios

Ventos espreitam na sombra das águas

E tu...estátua queimada por oblíquos sóis

Falas-me do tempo

Em que os astros teciam húmidos amores

 

Tu que descansas o rosto na alma dos pássaros

Tu que adormeces na proibição das horas

E te esvais como um relógio sem tempo

Tu que és sol e mar e horizontes

Tu que cresces na aridez do silêncio

E que vais de água em água

De amanhecer em amanhecer

Como se corresses

Perante o olhar atónito do mundo

 

Dormes sobre a tua infância

Como um romântico explorador de penumbras

Dormes sobre os sorrisos

E as histórias que os invernos contam

Ainda não nasceste...e já dormes..

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