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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Alameda de sonhos

Primeiro a luz...depois a angústia. Abro a persiana e as ideias navegam em mim como pequenas embarcações. Sinto que não há obstáculos para as palavras. Conheço de cor as coisas de que gosto. Mas estou aqui. Refugiado neste rio sem margens. Esperando a sedução do vento e a sudação das alamedas. Cada palavra é um instante. Uma maqueta do sonho. Uma verdadeira toca onde germinam as ideias. Todos os dias as coisas mudam. Os céus mudam. Todos os dias há uma folha que cai...como uma pluma repleta de dias. E todos os dias somos a pluma que cai repleta de folhas.

 

Imutável véu de liberdade. Onde está esse meu primeiro choro? Onde está essa primeira liberdade? Agora já abandonei esse mundo feito com os nadas de mim mesmo. Agora já sei descortinar a leveza de uma ideia. Alguns dias trazem-nos a vontade de perceber o grande útero do mundo. Outros querem que disfarcemos a nossa miopia de seres semelhantes a moscas. Mas o que é preciso é abrir a porta. Sair. Correr atrás do mundo. E amar todas as coisas como quem ama só uma.

 

Traço um risco sobre um riso inútil. Obstino-me nessa perdição de mim. Já nada me dói. Posso afundar-me numa letargia de túneis sem saída...pode ser uma solução. Ou tentar trepar a uma nuvem piroclástica onde derreta todas as minhas angústias...pode ser outra saída. Ou posso abrir a minha alameda de sonhos. Deixar entrar as flores. Ou sair para o jardim onde plantei uma pequenas flores... lilases.

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