Alma fugidia
Em cada árvore um segredo
Em cada nome o imperturbável tempo
Em cada vibração um pedaço de vida
E o vento
Que há pouco enlouqueceu os ramos das árvores
Adormeceu no coração das pedras
E as palavras...deixaram de fazer sentido...
Ficar sem palavras é adormecer na sombra do silêncio
É tecer com mãos de linho o coração do outono
É buscar na ogival memória...um outro tempo
Uma outra vibração dos corpos
Um outro esquecimento de si
E...possivelmente é ser bem mais
Que o cerne rugoso da alma...
Fugidia...