Alma supliciada
Alma supliciada
De quantos anos precisas
Para atingir o rebordo da vida?
O vácuo profundo agarra a tua mão
Tu que és um instrumento da noite
Que sonhas com rumos e com preces
Que te debruças sobre as imensidades
Esperas que a vida não se extinga numa terna imagem
Tu que tens tudo o que é necessário para a morte
E para a vida
Voa como as palavras que falam de ti
Não percas o teu tempo em ansiedades
Não as procures
Porque talvez da sua existência ninguém se lembre
E do teu sentir
Que coisas falarão