Amo esta carinhosa vida!
Que inferno pensais que eu habito?
Que fogo julgais que me consome ?
A mim... que fui heróico e corajoso
Que ouvi pedras a soluçar
Que habitei pesadelos e contei as horas dos tiranos
Eu...que escancarei as portas lassas do meu coração
Para que o inferno entrasse como um novo deserto
Eu...que cortei as pontas à minha estrela de David...
Respondam!
Que fogo julgais que me consome?
Que pestilentos sinais me adoram?
Excessivo...doente..estupor...que fui eu?
Cometi o crime da aventura...rangi os dentes na nova hora
Preguei cânticos ao som do sangue seco
Vi imagens sórdidas de arbustos incendiados pela vida
Vi o Natal na terra e os povos ajoelhados
Mas...como um condenado... e bem condenado...
Amo esta carinhosa vida!