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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Andorinhas

O rio pergunta-me pelo destino do dia

Será que as folhas já começaram a cair na letargia das ruas?

No declive das horas o mundo continua a rebentar pelas costuras

Há aves caídas nas ruas...há passos de gente sem passeio...

E há apenas existências de pessoas que tombam na incerteza clara das horas.

 

O azul do céu assoma por sobre os ombros atarefados de gentes inóspitas

Os sinos rebentam como sirenes esmagadas por passos sólidos

As portas fecham-se como se ninguém soubesse

Que dentro das casas vive o caos...ou o amor...

Quem sabe ao certo que dias se escondem nas asas das garças?

Quem sabe ao certo o que os dias arrastam dentro de si?

Enquanto as penas das andorinhas...levemente...

Se acomodam às ruas silenciosas.

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