Anjo perfumado
Deito o meu corpo
Nas faces puras da melancolia
Deixo-me repousar
Na límpida elegância sensual
Respiro...
Respiro pelos olhos da noite
Vagas angústias voluptuosas
De onde vais emergindo
Com acendidos olhos de anjo martirizado
Que beija...
Que beija docemente
Os sulcos secretos do abismo
Rebolando...
Rebolando como um coração culpado
Desse felino e brutal acto animalesco
Que grita uma suave saudação
Adornada pelos sons profundos
Do teu peito perfumado