Anjos...
Impaciente e austero arrasto-me pela terra negra
Como as folhas sem Outono ...sussurrantes e melancólicas....
O vento leva-me...para onde os homens não vão
E o meu olhar...
É uma lamparina esvoaçando pela noite...alumiando-a
Cresce sobre mim um grito pesado...
Sou o arbusto perdido na multidão ...
Sou o coveiro sepultado por Deus
Sou a enxada nas asas de um pássaro
Sou uma flor bravia...com uma alma a correr pelo céu
Sei que a terra é o ninho que me acolhe...
E que todos estamos cheios desse céu longínquo...
Que todos estamos fartos desse imenso sepulcro...
Onde Deus vive...
Quando...
Na terra as cruzes são feitas com lírios roxos e chagas...
Do Homem...