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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

As origens da ganância...

O homem quer juntar sem fim e sem medida.” Sólon – 640 a.C – 558 a.C.

 

No início era a troca. Não existia o dinheiro. Quando um povo tinha demasiado e outro tinha falta, transmitia-se mutuamente o supérfluo através da troca. Esta forma de comerciar não tinha em vista o objectivo do lucro. Era uma forma engenhosa dos povos suprirem as suas necessidades.

 

Ora naquele tempo não era cómodo transportar mercadorias em longas distâncias sem se ter a certeza de encontrar os produtos que se desejavam e também sem se saber se os outros tinham necessidade dos produtos que se transportavam. Inventou-se então o dinheiro. Este era mais fácil de transportar e mais manejável. Criaram-se então as moedas em ferro ou em ouro. Concordou-se que cada moeda tinha um valor. Valor que era atribuído pelo seu peso e pelo seu volume. Para não se estar sempre a pesar o dinheiro, este foi marcado com um sinal do seu valor.

 

Inventado a moeda por uma simples necessidade do comércio, com o passar do tempo começou a ser mais complicado, uma vez que o homem começou a perceber que poderia tirar muito mais benefícios do dinheiro. Fazendo-se consistir a riqueza na posse de uma grande quantidade desse metal.

 

A lenda de Midas é um exemplo da ganância que passou a assolar o homem. Midas morreu à fome porque tudo o que tocava se transformava em ouro. Ouro que obviamente ele não podia comer. Parábola dos nossos tempos, em que nunca houve tanto dinheiro e ao mesmo tempo tanta miséria.

 

O dinheiro passou a servir vários objectivos. Um, o de comprar o que é essencial. Outro, o de comprar mercadorias por um preço e vendê-las com lucro. E outro ainda, o de ser emprestado de forma a que o dinheiro se aumente a si próprio. Alienando desta forma o seu primitivo destino, o dinheiro passou a produzir dinheiro, alterando a vida das pessoas através de um objectivo contrário à sua natureza.

***Baseado em Aristóteles. 384 a.C. - 322 a.C.

 

Mais tarde vieram os bancos e o dinheiro passou a servir os banqueiros. E a arruinar quem precisa dos bancos.

 

 

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