As pedras estão secas
As pedras estão secas das esperas em silêncio
A preguiça enrola-se na garganta
E os joelhos rezam à mentira
Instalada no alto da montanha.
As articulações perderam os ossos
E o nevoeiro cobre os olhares.
Os jovens...
Têm na memória a sensação da eternidade
A eternidade da juventude....
A eternidade entrançada nos dias risonhos.
Eu... desço a escarpa inclinada
Depois de espreitar o ninho da águia
E posso comportar-me como todos os outros
Posso ser mesquinho...dormir no chão cinzento..
Posso execrar segredos...
Posso viver de acordo com o meu humor
Posso gelar pensamentos
Enquanto o sangue corre quente na veias
Posso esconder o frio do olhar
Por detrás de um biombo fantasma.
Posso lavar a cara com areia do deserto do Sinai
Posso viver no Mar Morto
E posso simplesmente...ir correr pela praia...contigo.