As penas do amor...
Quando passo e vejo um punhal cravado no olhar de quem se cruza comigo
E me parece que há um vazio de desencontros nos passos de quem me segue
Ergo a cabeça e estalo os dedos da tarde
Sigo...como quem persegue o ponto mais inusitado da vida
Sei que lá mais ao longe..uma espuma de rosas perfuma a noite
Que me espera...sempre mais além...de mim...
E de todas as coisas que esqueço...
Se um dia uma música eclodir nas asas de uma gaivota
Se a minha cabeça se transformar numa paisagem árida
Então...construírei o silêncio mais belo
Construírei o meu próprio poente
Com todas as penas do amor...
Que tiver à mão.