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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

As pétalas caídas não deixam saudades

Quem não quer aliviar o ser carrego

De vozes que se fazem raras?

Quem não quer ver esvaziar-se

A luz sobre uma lenta rua deserta?

Sabemos que os reflexos se agitam nas folhas das árvores

E que uma lâmpada apagada é um vazio de luz

E também sabemos

Que as pétalas caídas não deixam saudades

 

Imóveis ruídos nos olham

Debaixo de um sol ardente...imensurado

E nas escadas profundas dormem bocados de dia

 

Aliviados da nossa carga

Olhamos os cães que atravessam os espelhos partidos

Insensíveis ao olhar de quem nada vê

Somos bocados de mesas

De camas...de facas e de garfos

Riscamos o porto de abrigo

Com unhas inundadas de horizontes luzidios

E ardem-nos os olhos

Presos em cadências de prata

Somos um enorme barulho universal

Impulsos surdos...corações desordenados

Burros de carga que miam

Como gatos que lançam queixumes floridos

Lâmpadas alcoólicas

Que se arrastam como cascos de navios

Mas...dentro do nosso sono

Nasce lentamente uma rara flor... secreta

Como se fosse um silêncio queimado pelo sol...

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