Bailado
Bailam olhos nos cometas
Bailam rios bailam prados
Bailam até os soldados
Bailam as volúveis tetas
Bailam faces nos espelhos
Bailam inflexíveis farsas
Bailam faróis nos desenhos
Bailam agrestes as garças
Bailam pragas nas esquinas
Bailam silêncios nas mãos
Baila a tarde clandestina
Baila o olhar triste no chão...