Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Breviários# 2 ....final

Breviário XII

Há a noite...um sorriso...um espanto

A floração da luz acompanha os passos da lua cheia

Iluminando as trevas dos pátios sombrios

E os gritos roucos que cintilam nos frontões da alma...

Breviário XIII

Distraídos pensamos que o futuro ficará connosco

E na luz que alumia os nossos medos ...acreditamos nas cartas dos oráculos

Mas o tempo está morto...afogou-se na respiração das horas

É uma formiga-de-asa em delírio...voando para o êxtase do céu.

Breviário XIV

Vejo espelhada no céu o voar das pombas brancas

Asas que nos vêm absorver

Sei que os barcos deslizam ao longo dos canais

Acredito na candura de um céu lívido...

E na rósea aparição do dia que desperta nas brumas dos anjos

A campainha dos desejos insanos.

Breviário XV

Um dia veremos que o tempo é como um berço onde embalámos as nossas esperanças

e que as tardes e manhãs em que acreditávamos...

eram a memória da absoluta astúcia das horas...

mas nessa altura já submersos no desengano...

resta-nos a poesia da dor universal.

Breviário XVI

Por detrás de mim a primavera

O receio do mar já desistiu de se espelhar no alvorecer

Na paisagem apenas ondula um vestido de gaze branca

Silêncio...o teatro vai aturdir os incautos...

 

Breviário XVI

Guarda as tuas penas no vento...e as tuas alegrias no coração...

 

Breviário XVII

Não quero a salvação...só quero rasgar o véu que me atafulha a alma....

8 comentários

Comentar post