Brisa....
Crisálida tardia...afago de tarde irreal
Doirado gelo a desencantar mundos
A fome dos olhos afaga a inutilidade da carne.
O bolor dos musgos engana a morte
E eu pergunto-me...
Por onde esvoaça a efemeridade da alma?
Perfilam-se as aves electrizando a tarde
Um fumo azul eleva-se das chaminés
Tudo se desfaz na secura do frio
O verde agita a calmaria dos campos
E a alma pára...imóvel...
Hipnotizada pela suave brisa que desce da serra.