Caminhos
As pombas voavam no silêncio ectásico
Alvas...raras...como vazios...
Ou como sonhos assombrados.
No meu deslumbramento decifro o enigma dos espelhos
Na minha vontade percorro as faces secas das ruas.
Há magia no esvoaçar seco das folhas que caem
Há uma melodia excitada em cada raio de sol que ilumina o destino
Na boca das flores nasce um rasto de sonho
Que segue pela perdida neve... que cai sem finalidade.
Mesmo que eu imagine calcorrear todos os caminhos da Terra
A Terra nunca terá tamanho suficiente para a minha imaginação.
Neste quadro de quando e de quantos
Quantas pessoas vivem na desolação de não saberem descobrir o quadro?
Quando um dia souber em que árvores vivem as almas
Despertarei de um sono feito com a sábia textura da fantasia.