Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Cancioneiro Joco- Marcelino - Marcelo e as Tágides

Nos próximos dias vou publicar uma série de poemas de Natália Correia, dedicados a Marcelo Rebelo de Sousa, aquando da sua candidatura à Câmara Municipal de Lisboa e que, no fundo, também é uma caricatura da sua actual Presidência da República:

O Marcelo e as Tágides

Marcelo, em cupidez municipal

de coroar-se com louros alfacinhas,

atira-se vagaroso - ó bacanal! -

ao leito húmido das Tágides daninhas.

 

Para conquistar as musas de Camões

lança a este, Marcelo, um desafio:

jogou-se ao verso épico? Ilusões!...

Bate-o Marcelo que se joga ao rio.

 

E em eleitorais estrofes destemidas,

do autárquico sonho, o nadador

diz que curara as ninfas poluídas

com o milagre do seu corpo em flor.

 

Outros prodígios - dizem - congemina:

ir aos bairros da lata e ali, sem medo,

dormir para os limpar da vil vérmina

e triunfal ficar cheio de pulguedo.

 

Por fim, rumo o céu, novo Gusmão

de asa delta a fazer de passarola,

sobrevoa Lisboa o passarão

e perde a pena que é de galinhola.

 

2 comentários

Comentar post