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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Candeeiros apagados

Nada me impedirá de flutuar sobre a paz eterna

Como se fosse um vestígio encoberto

Pois sou feito de uma sibilante futilidade

Que se derrama pela noite imóvel

Onde o meu brilho vago desperta vozes atrevidas

Vozes vorazes e pesadas

Como gargantas enroscadas em gelo

Ou em leitos arrepiados

São minhas todas as possibilidades

Posso vestir todos os andrajos

Assim como são meus todos os fantásticos lábios

Que me pesam no corpo

Liberto-me em convulsões de vómitos gelados

Demoníacos...sinistros

Que me apontam luzes sulfúricas

De um esplendor agudo e pesado...

E que me fazem vomitar distracções

E que me fazem chegar às narinas vapores sufocantes

E sonhos prolongados...

E que me fazem estremecer

Como brasas escorridas sobre água escura...

Porque estou deitado numa cama de presságios

De onde saem rugidos...

Como se fossem agonias de candeeiros apagados...