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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Cartas de amor #2

Meu amor!

Tu e eu enchemos o mundo. Tu e eu corremos na mesma direcção. Serenos habitamos o espaço. Serenos subimos todos os degraus. Incontáveis são as nossas alegrias. Contigo não há noite nem vazio. Em ti vive a etérea solidez do amor. A indivisível forma de sermos dois. O indiscutível encanto do pôr-do-sol. A profunda legitimidade do coração. A música. A beleza. O absoluto. A clarividente certeza no futuro. O magistral acreditar nos dias. A jóia cristalina. Meu amor, tens a geometria da minha felicidade. És o meu passo e o meu compasso. A auréola. O circular reflexo do meu sol. A minha gota de mel. A minha verdade. Mas também és o meu grito. A minha leveza. A minha complexidade. E nesse caminhar apoiado. Nessa mágica fórmula de sermos dois num mesmo interior. Nessa redoma de amor onde nos refugiamos. Onde somos. Onde estamos. Onde nos esvaziamos dos nossos medos. Onde obtemos a discreta força da sobrevivência. Somos mais que aquilo que somos. Somos mais que aquilo que procuramos. Somos transcendentais. Somos divinos. Somos corporais. Somos todas a verdades. Somos...assumidamente...sublimes.

 

Texto que irá figurar numa colectânea de cartas de amor.

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