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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Chegamos aqui como aves caídas do céu...

Chegamos aqui como aves caídas do céu...e de repente somos céu

Somos o acaso... a impossibilidade...e sabemos que amanhã outros céus se vão erguer do caos

E sabemos que somos complexos e que a Terra não quer saber de nós..quer comer-nos

E depois..se imaginamos que os olhos vêem coisas inexplicáveis...

Perguntamos se são inexplicáveis porque é que as vemos? E porque é que não as sabemos explicar?

E há tanta coisa há nossa roda...há tanto para sentir...tantos cais para embarcar...tantos amanhãs

E há os pássaros e as primaveras...

E até temos a possibilidade de fazer as lágrimas rirem da nossa ignorância...e temos medo...

E depois..há a sorte..o futuro que não é futuro..mas que é apenas um sórdido mentiroso

Os cheiros..os pomares...e se perguntares por ti...e não souberes responder...não perguntes

Deixa que as coisas te toquem...te maravilhem...como se fossem apenas partes de ti

Como se fossem nada mais que tu...porque és tu que te fazes existir... e as fazes existir

Porque é por ti que existe o amor..o amor..porque é que sentimos amor?

Porque é falhamos tantas vezes no amor? E recomeçamos..e caímos..e somos...

Mas mesmo que o anoitecer te avassale...te lembre da impossibilidade de ser diferente

Arrebata o dia que vem a descer de mansinho pelas estrelas

Mesmo que te pareça ser impossível que haja dia...