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folhasdeluar

A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

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A minha poesia, é a minha incompreensão das coisas.

Chuva

Deixamos nos dias um rasto de pássaros melancólicos

Como se a nossa vida pertencesse à vastidão da praia onde adormecemos.

 

Hoje...vi uma luz tocar o tempo...hoje...

Despertei como se naufragasse numa espiral de metáforas.

 

Na rua...varrida por passos que de tão apressados nem são passos

São pressas de vida presas ao infortúnio das manhãs

São de pessoas que tiram do seu fundo o seu próprio naufrágio

Como se fossem sombras ensolaradas.

 

Deixemos que a vastidão do silêncio

Ocupe os dias construídos em relógios parados

Deixemos que as horas cresçam dentro de nós

Como florestas de folhas mudas e inúteis

Ou como chuvas que secam as ervas por onde passam.

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